Incarnatus

11:00 Unknown 0 Comments

 Deito-me no vazio, em meio a tantas folhas e galhos. Ao olhar para cima, consigo ter uma ideia de como a noite está limpa. As estrelas são claramente avistadas de longe e saturno está aparente também. Do meu lado, uma pequena coruja-lapónica se distrai.
Sua cor é indescritível, mas seu olhar profundo indica medo. 

   Consigo ouvir a batida em ritmo constante das assas, ainda está muito distante, mas percebo de cara que são corvos. Não demora muito para uma nuvem preta dominar o céu. São eles, sugando a lua e observando tudo. O inofensivo animal que antes estava no meu lado direito, brincando com as folhas secas, agora está mais atento. Ouço os galhos se quebrando, mas está longe de onde me encontro. Na minha esquerda, uma rosa branca está me olhando, imóvel. Segundos depois de arranca-la da raiz, vejo vermelho tomar conta de minhas mãos. Mas que tolice a minha, uma rosa tem espinhos!


  

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